Capítulo 00: Minha chance
De volta de um dia inteiro de aulas insuportáveis. O pior era que eu tomei bomba na prova, mesmo das infinitas horas estudando era incrível como nada entrava em minha cabeça. A aula era um saco mesmo nem sei por que o indivíduo tem que estudar... é...hã?
Do que eu estou falando mesmo?
Meus pensamentos ficaram confusos depois deu vera salvação da minha vida, pois eu amava estudar é a coisa mais importante para mim. Pregado na parede de um desses barzinhos podres, havia uma proposta de trabalho para estagiários de enfermagem, agora você me pergunta se euzinha sei algo de enfermagem ou de alguma coisa qualquer?! Mais é claro que não!!!!!!! Já levei bomba em ciências mais de quinhentas vezes esse ano, e olha que eu só fiz duas das 4 provas por ano!! (Sem contar as outras matérias que eu sou péssima)
Sempre há a salvação para os alunos que querem estudar, ter um futuro melhor, para depois não ficar vagabundando por ai e sempre há aquele professor gato com quem você quer ficar e faz tudo para isso.
No meu caso era o ultimo mesmo J.
Nem uma de minhas colegas entende o meu vicio com os professores mais velhos (não estou falando daqueles que estão mais danificados do que a China depois da guerra dos sete anos, ou foi com a Itália, eu que não sei!) e sim aqueles que têm uns trinta e ainda dá pro gasto, aqueles que o bicho ainda sabe. Mas o que eu queria mesmo era o grande doutor Edward Cullen, ele sempre foi um dos partidos mais famosos de Forks ate ele declarar, depois de um pedido para posar nu, que não se casaria ate fazer no mínimo 7 anos exercendo a sua profissão; o que deixou muita mulher assanhada por ai muito triste porem me deixou calma em saber que ele não ia se casar muito cedo.
Depois de pegar o papel com o local da entrevista e tudo mais, sai correndo feito doida pelas ruas ganhando assim vários olhares para cima de mim, o desespero faz isso com as pessoas, fui logo direto para a livraria mais próxima.
Meus pulmões ficaram para trás há vários metros e agora eu queria saber se era possível viver sem eles, pois não voltaria para pega nem morta, e era o jeito que eu ia ficar logo-logo.
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Cheguei em casa exalta, tive que rodar quase toda a cidade atrás do bendito livro de enfermagem e ainda tive que aturar duas filas para poder comprar o livro errado e depois repetir o feito. Quando eu conseguir tive que ser atendida por uma lerdinha que não tinha senso de direção e demorou quase dez, eu repito DEZ minutos para colocar todas as minhas compras na sacola (um livro e o marcador); eu nunca mais volto naquela espelunca que nem me lembro mais onde é ainda bem!
Comecei a ler o livro, li, li re-li, mas, contudo isso eu não conseguir sair da primeira pagina e nem entendi nada, agora eu sabia por que das estatísticas de pessoas que larga a faculdade de medicina para fazer moda, jornalismo ou qualquer outra coisa
(Na verdade nem sei se existe uma estatística falando disso...)
Larguei o livro na cama e entrei nos meus devaneios, nem me lembro mais o que eu tinha pensado naqueles momentos, só permanece em minha memória uma voz que parecia sair de mim que me disse que não erra bom seguir com minhas loucuras, mas logo entrei em sono profundo e não cogitei a possibilidade de largar tudo enquanto era cedo.
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O despertador tocou e eu dei só um pulo da cama que foi o suficiente para que eu caísse ainda sonolenta levantei e olhei no visor e vi do reló gioque erra quase oito horas da manha e eu ainda dormindo. Em dois minutos eu já tinha soído do banheiro e já tinha me arrumado quase completamente.
Nem deu tempo para tomar um café da manhã decente, sai ligando o carro na doida, e nem me dei conta que eu não tinha abastecido; não podia chegar tarde à escola naquele dia nem sonhando.
De qualquer jeito eu tinha que chegar a tempo para não chegar tarde ou perderia a minha única chance de passar em historia. Acelerei quando estava na estrada faltando só quinze minutos para a aula. Em pouco tempo eu fui perdendo a velocidade ate parar de fez.
Minha vontade era de gritar quando eu vi os ponteiros que indicavam o combustível que indicava que não tinha mais combustível. QUE ODIO!!!!!!!!!! E tinha que ser logo hoje! Nem tive tempo de xingar Deus e o mundo pela minha imbecilidade e logo no começo da estrada vinha um carro prata, o motorista parecia ter tido pena de mim e foi parando à medida que ia se aproximando de mim.
Quando o carro parou pude ver os cabelos bronze que esvoaçavam ao vento, os seus olhos verdes e o sorriso que naquele momento parecia ser debochado, com certeza aquela cena estava sendo engraçada para ele. Ele saiu do carro e veio ate a mim, eu permaneci quieta olhando-o.
- Qual o problema com o carro?- ele me perguntou com a sua voz melodiosa
Pensei em disser que o pneu tinha furado só pra ver se ele trocava e tirava a camisa, mas de qualquer forma ele ia saber que era mentira e eu ia fazer papel de boba.
- É que... -não sabia como falar aquilo sem parecer irresponsável- eu sem querer deixei de abastecer e agora esta sem gasolina. - Quando terminei de falar eu vi um vislumbre de um sorriso no canto dos seus lábios, agora eu tinha a certeza que aquilo era engraçado para ele.
- Tudo bem, Bella. Eu acho que eu posso dar um jeito nisso.
Eu acho que me esqueci de disser que meu querido pai era o policial da cidade então conhecia todos da cidade e me apresentava a todos; claro que era bom eu conhecê-lo, mas era um saco por ele me tratar com tanto respeito e nem dar bola pra mim.
Ele caminhou ate o porta-malas do seu carro e remexeu lá por alguns minutos, depois ele saiu de lá com uma garrafa azul , ele me pediu a chave e abriu o tanque para colocar a gasolina.Quando ele tinha acabado de colocar ouvimos um barulho de gotejar debaixo do carro; GENTE, ERA INCRIVEL COMO PARECIA QUE TUDO ESTAVA CONTRA MIM.
- Bem? Quer carona?- ele me ofereceu. Mas eu só pedi que o PNEU estivesse furado e não que(nem sei como ) O TANQUE ESTIVESSE FURADO!!!!!!!!Pelo menos ele me ofereceu carona.
- Claro!- Eu nem ia aceita sabe! Só passei o olho no relógio, para que, eu quase tenho um infarto – Só que vai ter de quebrar umas quinhentas regras de transito para que eu chegue cedo. – Ele riu. Será que ele acha que eu estou brincando?
Ele balançou a cabeça e abriu a porta para mim – mais que fofinho. Quando ele entrou no carro pesou fundo no acelerador, a gente saiu com uma velocidade de quase 80 k/h, ele não estava para brincadeira.
Durante o tempo que eu fiquei no carro tentei parecer menos infantil e um pouco mais sedutora, mas em troca só levei inúmeros foras. No fim da viagem minha cabeça já estava explodindo de tanto ter levado toco. Ele parou na frente da escola e saiu de novo de seu lugar para abrir a porta para mim. Já tinha tomado a minha decisão, ia simplesmente mandar a real para ele, só o que faltava era a coragem.
- Bella já pode sair – ele já tinha aberto a porta para mim e eu ainda plantada no banco – O que foi? Ficou com medo de mim no volante?
- Não. Eu só estou tentando decifrar você, e entender porque eu só levei patada de você à viagem inteira – Ele ficou calado por um tempo e eu querendo sumir.
- E-é que...v-v-você não... – Ele gaguejou e depois voltou ao silêncio.
Queria virar um avestruz e enterrar minha cara em algum lugar, era engraçado que em minutos antes estava com toda a certeza, mas agora não sabia como controlar a situação. Por um minuto exato ele ficou sem falar nada e eu perdida em infinitas possibilidades de como fugir, ou criar uma maquina do tempo, tudo que fosse.
- Bella me desculpe mais não posso lhe responde, e se for possível você sair logo do carro já que parecia que você estava atrasada. - Aquela foi na cara, mas quem eu pensava que era? Um cara daquela idade iria se apaixonar por mim?(Eu nem imaginava o que me aguardava)
Sai do carro em silencio absoluto, ele tentou falar comigo, mas sair de presa para a aula sem lhe dar atenção. Mesmo depois de uma distância senti seus olhos em minhas costas, fazendo o que, não sei.
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Entrei na sala, minha sorte que o professor estava atrasado; nem liguei muito pelo fato de que eu poderia ter chegado atrasada por conta da minha ceninha no carro, minha cabeça estava completamente cheia de perguntas. Eu senti a necessidade dele de falar algo, mas foi reprimida com muita força de vontade.
Enquanto hipóteses e sonhos circulavam em minha mente Jacob, meu melhor amigo entrou na sala sentou-se ao meu lado logo se virando para me dizer bom dia, antes de fazê-lo percebeu o meu estado de espírito somente se virou e prestou atenção no professor que acabará de entrar.
Em dias normais de mau humor tudo que eu desejaria era ficar sozinha e curtir a solidão, mas hoje era um dia diferente queria ocupar minha mente com algo mesmo sendo as cantadas não correspondidas de Jacob para cima de mim. Foi assim que eu fiquei o resto da aula parecendo que eu não estava lá.
Vocês me perguntam se eu conseguir me dar bem na prova, nem me fale, tomei bomba para variar.